KENSKI, Vani Moreira. Repensando a avaliação didática

sintese: O texto propõe um questionamento sobre métodos de avaliação na sala de aula. Coloca que naturalmente o ser humano é sempre colocado a avaliar situações e pessoas ao seu redor, assim como se auto-avaliar, sempre dentro de contextos e levando em consideração os condicionamentos pessoais. Sempre são criados julgamentos de valor que irão determinar atitudes e progressões num devir. No caso da educação, uma escola é considerada uma instituição que irá legitimar uma aprendizagem e precisa de métodos de avaliar essa aprendizagem no aluno. É preciso, no entanto, deixar claro aos alunos quais são os parâmetros com que serão avaliados. “O que significa um aluno tirar cinco (em dez) numa prova construída pelo professor?” Isso depende que o próprio professor reflita (se auto-avalie) sobre os objetivos do que está ensinando. E isso não depende apenas de uma nota de prova ou trabalho, mas também da relação cotidiana na sala de aula. É preciso avaliar as próprias avaliações, e de tempos em tempos. É preciso considerar o próprio contexto da sala de aula. Dependendo do conteúdo que se está passando, os métodos de avaliações podem variar. Podem ir além do conhecimento teórico absorvido, podem envolver a prática processual por exemplo. Mas seja lá qual for o método, isso deve ficar claro para o estudante que está sendo avaliado. E perceber também que tanto métodos considerados objetivos (como uma prova de multipla escolha) tem sua parcela de subjetividade (na elaboração das proposições) que são inerentes e indissociáveis a qualquer método de avaliação.

Comentário: Outro texto bastante simples e didático, deixa claro que a avaliação é importante, tanto para o professor mensurar a aprendizagem do aluno quanto o próprio aluno ter um retorno do professor sobre seu entendimento do conteúdo. Também coloca que não há como escapar de uma avaliação, seja tipo tradicional (prova, trabaho) seja simplesmente baseado na relação professor/aluno, ou grupo, ou no aprofundamento de um processo. Mas avaliar um aluno é algo q faz parte da própria educação. O que é preciso evidenciar como isso é feito, para não haver conflitos, dúvidas e ambiguidades, nem casos de “preferências” ou “puxa-saquismos”.

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BARBOSA, E. MOURA, D. Atividades baseadas em projetos

Síntese: O texto fala do uso de projetos (no sentido administrativo que se aplicam em várias áreas) na área educacional. Dá motivos para o seu uso como: “Muitos resultados decorrentes de projetos educacionais dificilmente seriam alcançados apenas com a manutenção e ajustes das atividades de rotina ou funcionais do sistema” e: “… projetos fornecem estrutura, o foco, a flexibilidade e o controle adequados para a realização de mudanças dentro de prazos e recursos limitados”. Ele diferencia entre atividades rotineiras de manutenção de uma estrutura (muitas vezes repetições mecânicas e burocráticas), e atividades voltadas para projetos com durações determinadas e que exigem mais atenção humana e criatividade. Pela explicação do texto, projetos são aplicados quando se quer criar ou alterar novas estruturas e padrões, que poderão (ou não) depois se tornar atividades de rotina. O texto segue dando definições de projeto, vários tipos de projeto voltados para educação (de pesquisa, de desenvolvimento, de ensino, de trabalho), e seu planejamento (tamanho, complexidade e incerteza).

Fala também de uma cultura resistente a implantação de projetos que alterem muito rotinas viciadas, o que acaba gerando projetos improvisados (como diz no texto: “quase-projetos” ou “não-projetos”). Isso acarreta disperdício de tempo e recursos, conflitos interpessoais e ineficência. Métodos de avaliação dos resultados dos projetos precisam ser criados junto a estes, levando em conta, no caso de projetos educacionais, que os resultados não são simples de serem mensurados, e não podem se restringir a simples entrega de “produtos tangíveis”. É preciso criar uma cultura de “fazer bem-feito” procurando garantir a efetividade e excelência das realizações.

Comentário: Na minha leitura, achei o texto bastante técnico e didático, voltado para administração. Mas é bastante interessante, e mesmo tendo a educação como alvo, suas explicações técnicas podem ser aplicadas a projetos de qualquer área, como ele mesmo diz. Eu próprio não diferenciava ações tidas de uma rotina presa a uma estrutura através de um trabalho como o assalariado (alienante pela sua própria condição), e o trabalho com um projeto que demanda mais criatividade e pro-ação do indivíduo. Assim o texto técnico e objetivo é quase um manual de como fazer projetos para a área educacional, e com eles buscar mudanças estruturais que tanto são discutidas. Ás vezes, mesmo um projeto com resultado negativo pode ser bastante instrutivo com seus erros, o que já é melhor do que simplesmente se resignar e repetir os mesmos vícios de uma estrutura padronizada que tanto gostamos de criticar.

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DELORS, Jacques. Os quatro pilares da educação

Síntese: O autor fala que a educação como um todo deve se pautar em quatro pilares, para ele os “os pilares do conhecimento”: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio; aprender a viver juntos,  cooperar com os outros em todas as atividades humanas; e finalmente aprender a ser, ou seja, se tornar uma pessoa autônoma. Coloca que o ensino atual se volta mais para o aprender a fazer, no sentido do mercado de trabalho, e em menor grau no aprender a conhecer, enquanto os outros dois pilares ficam como consequências. Ele continua explicando cada um dos pilares, dando maiores detalhes: o aprender a conhecer pode ser resumido ao já conhecido “aprender a aprender”, ensinar o aluno a buscar e selecionar as informações no contexto fragmentado de hoje me dia; ensinar a fazer engloba o ensino técnico e/ou de como por em prática os saberes aprendidos, não apenas para uma qualificação no mercado de trabalho, mas também em qualquer projeto que o aluno se disponha; aprender a viver juntos e a conviver com os outros, de maneira a evitar os conflitos, principalmente no ambiente altamente competitivo em que vivemos hoje, e então provocando um ambiente de cooperação e tolerância onde o professor media e instiga a descoberta do outro e cria a empatia; o aprender a ser, onde o aluno cria sua própria identidade como indivíduo emancipado, percebendo a sociedade em que vive e agindo sobre ele de forma crítica e livre.

Comentário: O autor parece profundamente influenciado pelos pensadores iluministas e humanistas, com sua descrição um tanto “deslumbrada” dos “pilares do conhecimento”. Ao mesmo tempo, se o estilo do texto parece rebuscado (e um tanto idealizado), não deixo de concordar com essa visão humanista da educação, apontando-a como o grande veiculo para a emancipação do indivíduo. Idealizada ou não, utópica ou não, é um tipo de visão da educação que nos dá um principio a ser almejado. Talvez a realidade nos mostre outra coisa, e o texto pouco fala de metodologias práticas, mas se ficarmos presos demais a modelos pragmáticos, podemos conter as renovações e as experiências, e criarmos uma pedagogia conformista.

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ZABALA, Antoni. Prática educativa

Mapa Conceitual das Práticas educativas segundo Zabala

Cometário: O texto  é bem didático e serve bem para aquilo que se propõem, demonstrar várias práticas  de ensino e métodos de sua avaliação, de forma clara e objetiva. E é bastante flexível em relação aos métodos e suas aplicações práticas, onde ressalta que “as respostas ao mesmos estímulos, nem sempre dão os mesmos resultados”. Não há uma metodologia única correta, cada caso é um caso. Assim cabe ao professor perceber as especificidades de cada turma e de cada aluno, e aplicar a metodologia que achar correta. E mesmo assim há dois casos: a do professor que pesquisa um método antes, o planeja e o aplica com sua turma; e o professor que se vê em uma situação determinada que lhe faz adequar seu método a situação. Em ambos os casos podemos ter resultados satisfatórios ou não.

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LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora?

Síntese: O autor problematiza a idéia de que a profissão de professor estaria deslocada e em vias de ser extinta, devido as novas tecnologias de informação. Com a disponibilidade de informação rápida e a qualquer hora, não haveria necessidade mais de escolas, que seriam substituídas por centros de Teleeducação e Multimídia. Locais onde computadores, vídeos e toda tecnologia disponível daria conta da aprendizagem.  Senão chegam a pensar em algo tão radical, muitos (do setor público) pensam em utilizar as novas mídias para capacitar os novos professores e transforma-los em “executores de pacotes de instruções”. O autor faz a crítica dessas idéias que considera ilusórias. Para ele, se por um lado não se pode negar o crescente poder da tecnologia e a necessidade de assimila-la, por outro, a escola teria o importante papel de fazer a síntese e organizar essas informações que chegam aos alunos de forma fragmentada pelos meios de comunicação. Outro importante ponto frisado pelo autor é que a escola, de qualquer forma, não pode ficar alheia as demandas da sociedade, seja sociais seja tecnologicas. Então, ele propõem um conjunto de objetivos para uma educação de qualidade: preparação para o mercado de trabalho; formação para a cidadania crítica; para a participação social (de maneira a viabilizar um controle público não-estatal); e formação ética. Ele também traz a idéia que o professor deve ensinar o aluno a “aprender a aprender”, utilizando a interdisciplinaridade, e dando ferramentas mentais para o aluno se instrumentalizar para ser independente economicamente (mercado de trabalho) e também crítico-social e ético. Assim, para o autor, a profissão ainda está garantida e não deve ser subisttuída por um robô tão cedo.

Comentário: Achei bastante interessante este texto, e concordei em diversos pontos. Faço paralelo com o texto de KENSKY sobre o ensino a distancia, que tem uma visão mais otimista sobre a tecnologia, esse texto de Libâneo já é mais pragmático além de menos radical na crítica ao ensino como capacitador para o mercado de trabalho. Sua defesa do professor como um mediador e que ajuda o aluno a selecionar e organizar as informações hoje em dia tão abundantes e de fácil alcance (quase sem esforço), me parece bastante coerente. E a idéia de ensinar a “aprender a aprender” parece uma idéia bastante necessária, com as tecnologias fazendo a informação tão fácil de chegar que é desnecessário assimila-la.

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LUCKESI, Cipriano. Tendências pedagógicas na prática escolar

Síntese: Neste texto o autor enumera várias tendências pedagógicas dando suas características. Fala das tendências liberais (apontando que não deve ser confundida com idéias democráticas ou de tolerância, mas de proteção aos interesses individuais) dando suas subdivisões (Figura 1) e das tendências progresistas, de viés mais crítico a sociedade, também falando de suas subdivisões (Figura 2).

Figura 1 - Pedagogia Liberal e suas vertentes

Figura 2 Pedagogia Progressista e suas vertentes

Comentário: O autor do texto não se vexa de demonstrar sua posição, pró crítica social dos conteúdos, ao qual ele dedica o ultímo capitulo em defesa. O discurso do texto é bem óbvio e propagandistico, e suas demonstrações das outras teorias pedagógicas são visivílmente tendenciosas, a começar pela descrição que faz da pedagogia liberal, com o discurso carregado de chavões anti-capitalistas. Se sabemos que é impossível deixarmos de lado nossa subjetividade ao escrevermos sobre algo, não posso deixar de ficar receoso em aceitar simplesmente, sem antes pesar opiniões contrárias, a pedagogia da critica-social de conteúdo como a “melhor”. Mesmo assim o texto serve muito bem pela estruturação das teorias pedagógicas que faz.

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KENSKI, Vani M. Tecnologia e ensino presencial e a distâncias

Síntese: O texto fala dos novos paradigmas que a sociedade da informação, e de como a educação deve ser repensada. Coloca que a educação tradicional foi estruturada pensando na sociedade industrial, num ensino seriado e linear, que hoje não corresponde a esta nova sociedade: “requer um novo estilo e pedagogia que favoreça, (…) os aprendizados personalizados e o aprendizado cooperativo em rede”. Outra grande possibilidade dada pelas novas tecnologias é a “relativização do tempo e do espaço para aprender”, onde os alunos e professores podem fazer atividades em diversos horários e locais, sem dependerem da sala de aula. Assim, este novo tipo de educação seria muito mais inclusiva.

Mas fala também que essas mudanças dependem de investimentos em formação dos professores tanto quanto em infra-estrutura. Entao é papel do estado promover essas mudanças em face das novas demandas sociais, flexibilizando as estruturas. Não é mais o aluno que vai em busca da escola, mas a escola que vai de encontro aos interesses dos alunos.

Comentário: O texto parte de uma idéia que (para mim) parece um tanto quixotesca: a de que o ensino a distância resolveria o problema da inclusão social. Nesse sentido se assemelha muito aos defensores da internet nos seus primórdios, como a grande ferramenta para espalhar conhecimento de maneira autonoma e independente. Mas ela não se reduz a uma defesa simplista dessa visão. Argumenta que a própria demanda da sociedade “força” essa nova estrutura pedagógica, e que não basta simplesmente investir em centros de informática, mas é preciso investir na formação de professores capazes de utilizar esssa ferramenta, além de remunerá-los a contento. Nesse ponto, é óbvio que qualquer estrutura pedagógica necessita desses mesmos investimentos públicos, nem sempre alcançados. E concordo também que as ferramentas que os avanços tecnológicos devem ser aproveitados da melhor maneira possível. Como exemplo posso dar os muitos trabalhos escolares que ja fiz em grupo utilizando a ferramenta dos chats. Apenas vejo com certo ceticismo em relação ao discurso inclusivo, e a qualidade das discussões geradas num ambiente em que o professor não está tão próximo dos alunos, nem eles se interlacionam face a face.

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